A acne é uma doença de pele comum, acometendo 80% dos adolescentes. Isto ocorre porque na adolescência há um aumento na produção de andrógenos, como a testosterona, que atuam aumentando a secreção de sebo pelas glândulas sebáceas. Após os 25 anos, 20% das mulheres e 5% dos homens podem apresentar acne.
Caracteriza-se pela presença de lesões não inflamatórias, comedões abertos (“cravos pretos”) e fechados (“cravos amarelos”) e lesões inflamatórias, pápulas, pústulas, cistos e nódulos (populares “espinhas”). As lesões inflamadas ocorrem devido ao excesso de produção de sebo e a proliferação do Propionibacterium acnes.
As lesões ocorrem nos locais em que há maior quantidade de folículos pilosos e glândulas sebáceas, como: face, tórax e dorso (“costas”).
O aumento da produção de sebo pelas glândulas sebáceas causa oclusão do óstio folicular (2,3 e 4). O excesso de sebo leva a proliferação da bactéria Propionibacterium acnes, causando inflamação do folículo pilossebáceo (5,6,7). Ruptura do folículo, liberando secreção (8).
Diagnóstico
Em casos especiais, necessita-se de exames laboratoriais e de imagem, a exemplo de mulheres com alterações menstruais e excesso de pelos no corpo.
Tratamento
Deve ser dirigido as suas causas, como: excesso na produção de sebo e proliferação do Propionibacterium acnes.
O grau da acne irá determinar se o tratamento será tópico ou associado ao tratamento oral.
Tratamentos tópicos, exemplos: sabonetes, esfoliantes e loções para reduzir a oleosidade e a secreção de sebo; peróxido de benzoíla; retinóides e antibióticos tópicos.
Fonte:
Dawson AL, Dellavalle RP. Acne vulgaris. BMJ. May 8 2013;346:f2634.
Kligman AM. Postadolescent acne in women. Cutis. Jul 1991;48(1):75-7.
Strauss JS, Krowchuk DP, Leyden JJ, et al. Guidelines of care for acne vulgaris management. J Am Acad Dermatol. Apr 2007;56(4):651-63.